domingo, 21 de março de 2010

PROFESSORES PAULISTA EM GREVE

SP: 60 mil professores tomam a avenida Paulista e greve continua
Entoando palavras de ordem como “A greve continua, Serra a culpa é sua” e “Somos todos professores, efetivos, temporários, contra a precarização, por trabalho e mais salário”, o magistério paulista voltou a tomar a avenida Paulista, nesta sexta-feira (19), contra a intransigência do desgoverno estadual e o desmonte do ensino. Caravanas de ônibus da capital e do interior trazidas pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). contabilizaram 60 mil educadores tomando as duas faixas da Avenida Paulista para a realização da assembleia. Esbanjando ironia e bom humor, os professores ergueram faixas e cartazes onde qualificavam o governador José Serra de “exterminador da educação”, “mentiroso” e “fujão”, terminologia também direcionada a seu secretário de Educação, Paulo Renato, notório ministro de FHC, que proliferou a privatização do ensino no país. Além de não abrirem diálogo com a direção do movimento durante as duas semanas de greve - que chegou a paralisar 80% das escolas nesta sexta -, governador e secretário fugiram de atividades das quais deveriam participar para não ter de ouvir cobranças, nem dar explicações aos professores., que estão há 11 anos sem aumento. “quem destruiu a educação não pode governar a nação”. Muitos jovens, com faixas e bandeiras da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), expressavam o seu apoio ao movimento reivindicatório: Como explicou a presidenta da entidade, Ana Letícia, a solidariedade é total: “os professores estão tentando salvar a educação da destruição a que vem sendo submetida por uma política predatória, que mantém 100 mil professores em caráter temporário e em serviço precário”. “Hoje são eles, amanhã seremos nós, professores, estudantes, nossa luta é uma só!”. Ele diz que é uma greve política e tem razão, porque defendemos o partido do magistério paulista, pela melhoria das condições de ensino, de vida, trabalho, salário, respeito e dignidade”, sublinhou. Entre as principais reivindicações a reposição das perdas salariais, com o reajuste de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; concurso público; garantia de emprego e contra as avaliações excludentes. Em nome da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, ex-presidente da Apeoesp, reiterou a solidariedade e o compromisso de luta pela recuperação da escola pública. “Se hoje fizermos uma pesquisa séria no Estado de São Paulo, veremos que nenhum estudante quer ser professor. Isso ocorre pelo brutal abandono, porque ninguém agüenta o salário de miséria que vem sendo pago pelo estado mais rico do país, com a mais alta arrecadação de ICMS”, declarou. Segundo João Felício, “a verdade é que depois que os tucanos chegaram ao governo de São Paulo, o caos foi instalado na educação e os movimentos sociais foram criminalizados”. FONTE: Apeoesp- SP
Rádio Comunitária De Vanguarda FM- 98.7- São José das Missões

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