Uma ultrapassagem perigosa pode ter sido a causa de um acidente envolvendo sete veículos que deixou cinco vítimas na manhã deste sábado (11) na BR-116 no trecho de Pelotas, no Sul do Rio Grande do Sul, de acordo com as primeiras informações obtidas pela investigação da Polícia Civil. O delegado Robertho Peternelli, responsável pelo caso, suspeita uma das vítimas teria provocado as colisões.
"Vamos apurar a responsabilidade. Provavelmente, ao que tudo indica, o motorista que seria o responsável acabou falecendo também no local", disse o delegado.
O acidente ocorreu na altura do km 495 da rodovia, onde a ultrapassagem é permitida. Quatro pessoas morreram no local, e a quinta vítima chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um Pointer com placas de Porto Alegre seguia no sentido capital-interior quando tentou ultrapassar uma fila de quatro caminhões. Porém, não conseguiu desviar e colidiu de frente com uma carreta que vinha no sentido contrário. Após o choque, os veículos bateram em outros caminhões que trafegavam na rodovia.
Morreram na hora o motorista da carreta e um bebê de 9 meses, que também estava no veículo. Outras duas vítimas, um homem e uma mulher, estavam no Pointer.
Ficaram feridas uma mulher e uma menina de 8 anos, que estavam na carreta, e uma terceira ocupante do Pointer. Eles foram removidos para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Pelotas, mas a passageira do Pointer morreu ao chegar ao hospital. As identidades não foram reveladas.
Ainda conforme a PRF, dois caminhões transportavam óleo diesel, mas não houve vazamento. O trânsito foi desviado por uma pista ao lado, parte da duplicação da BR-116, que está com as obras suspensas. O trânsito foi normalizado
Apesar de reconhecer que a manobra do motorista do carro tenha sido determinante para o acidente, o chefe de policiamento da PRF em Pelotas, Fabiano Goia, destaca também as más condições da BR-116. "Temos aí a irresponsabilidade, a avaliação de imprudência, imperícia, negligência dos condutores que também são responsáveis pela condição dos veículos, mas também temos a questão da engenharia, que também poderia contribuir para que essa tragédia fosse evitada", diz.
Fonte: G1 RS.